Usuários de carros de aplicativo denunciam preços abusivos em corridas, em Juazeiro
Na tarde desta última quinta-feira (30), ouvintes do Programa de Geraldo José relataram cobranças abusivas nas corridas de aplicativos em Juazeiro, especialmente nesses dias de paralisação do transporte público.
Uma moradora relatou que pagou R$ 80,00 para se deslocar até o seu local de trabalho, devido à falta de transporte na cidade.
“A gente que mora nos bairros pagando uber de R$80,00 que me cobraram hoje, você acha que isso é justo? 0 prefeito porque ele ganhou ele tome conta da cidade, então vamo trabalhar, vamos ajudar as mães de família, os pais de família, tão ali no terminal. Agora, a população que mora nos bairros, sendo prejudicada, vamos parar a BR pra ver se eles não tomam providência. Cadê a justiça de Juazeiro, os promotores, as promotoras. A gente mora num bairro carente, precisa da empresa, paga passagem cara. Tö nervosa, com raiva, pagando Uber todo dia pra vim trabalhar”, lamenta.
Vale lembrar que desde última terça-feira (28), funcionários e motoristas da empresa Joafra realizaram uma paralisação de advertência, alegando uma série de irregularidades trabalhistas, salários atrasados, ticket alimentação há dois meses sem pagar, FGTS e acúmulo de função.
Com a frota parada, a população tem buscado alternativas de locomoção para trabalhar, e as consequências têm sido o alto preço nas corridas.
O motorista de aplicativo, Ariel Marques, explicou como funciona a taxação das corridas, principalmente em períodos chuvosos.
“O pessoal tá comentando aí dos preços abusivos, mas essa questão não vem do motorista de aplicativo, demanda já vem pra gente. Não é por conta da falta de transporte. Toda vida que chove, mesmo tendo ônibus, o valor é excessivo porque muita gente depende de aplicativo, e aí, nesse caso, muitos motoristas param porque não querem colocar seus carros em lamas, esgoto, buracos, você sabe que infelizmente nossa cidade é precária. Então, muitos param e ficam poucos carros rodando. Quando a demanda é pouca, aumenta-se o valor.”
Fonte: RedeGN
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