UPE assume compromisso de iniciar uma política de cotas raciais em 2024

Realizada nesta terça (10), a Audiência Pública “Políticas Afirmativas para Entrada e Permanência na Universidade de Pernambuco” realizada pela Comissão de Educação lotou o Auditório Sérgio Guerra da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) com a participação de estudantes, professores e servidores que pautaram os principais desafios da instituição na implementação de políticas afirmativas.

 

A audiência foi solicitada pela deputada estadual Rosa Amorim, que foi cotista na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e destacou a importância deste espaço para o avanço da pauta na Universidade de Pernambuco (UPE). “Estamos diante de uma realidade dura com a falta de investimentos necessários, principalmente no que diz respeito às Políticas de Acesso e Permanência. As dificuldades vão desde a falta de estrutura para alimentação até a ausência de apoio financeiro adequado aos estudantes. Os desinvestimentos e hiatos na expansão da instituição comprometem a qualidade do ensino, pesquisa, extensão e gestão”, afirmou a deputada.

 

Apesar de pioneira na instituição de cotas no acesso à graduação pelo início de ações afirmativas no Brasil em 2004, a UPE avançou pouco nos últimos desde então. A comissão tem avançado na discussão não só sobre cotas, mas nas políticas afirmativas sobre acesso e permanência de graduação e pós-graduação da Universidade de Pernambuco.

 

O pró-reitor de Graduação da instituição, Ernani Martins, destacou o avanço no debate. “Nós avançamos na política de cotas para 40% a partir do ingresso no ano que vem. Essas cotas continuam sendo sociais; mas a comissão instituída já assumiu o compromisso, junto ao Conselho Universitário, para o ingresso na universidade a partir do próximo ano para pessoas pretas, pardas e indígenas, o passo seguinte é avançarmos nas políticas para pessoas com deficiência”, pontuou o pró-reitor, que sinalizou que a instituição pode também implementar cotas para a pós-graduação.

Compartilhar agora