“Tomei de coração aberto”, diz petrolinense que foi imunizada contra a covid-19 nos EUA
Atualmente, o centro das atenções têm sido as vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a covid-19, que já matou, em todo o mundo, mais de 1,7 milhões de pessoas. Alguns países já começaram a imunizar parte de sua população – priorizando os grupos de risco, inicialmente. Mais de 2,3 milhões de pessoas, de seis países, foram vacinadas com doses de imunizantes aprovados para uso emergencial ou definitivo, segundo dados de ontem (22) do monitoramento feito pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Nos EUA, que iniciaram a imunização no último dia 14, após aprovação emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer, em parceria com a empresa alemã BioNTech, uma petrolinense está entre as pessoas que foram vacinadas nessa primeira fase. Celina Cavalcanti, que mora no país há 13 anos, trabalha como medical interpreter [intérprete médico da língua portuguesa] no UMass Memorial Medical Center [Hospital Universitário de Massachusetts], e foi uma das primeiras a receber a vacina tendo em vista que tem contato direto com funcionários que atuam na linha de frente da pandemia.
Celina conta que, quando foi comunicada que seria imunizada, teve uma mistura de sensações. “Quando recebi a mensagem foi um misto de ansiedade e nervosismo, mas ao mesmo tempo com muita esperança de que dias melhoras estão vindo. Digo isso porque, obviamente, é algo que todos querem muito, ninguém aguenta mais o novo normal, mas, ao mesmo tempo dá um pouco de medo. Conversei com alguns médicos e a recomendação de todos foi ‘tome porque os riscos hoje são menores'”, diz a petrolinense.
A interprete conta ainda que esse período de pandemia tem sido difícil, visto que tem tido apenas contatos visuais, e sem aproximação alguma, com seus pais, que são idosos. Celina revelou ainda que não teve dúvidas sobre tomar ou não a vacina, e que foi ‘de coração aberto’.
“Tem nove meses que não abraço os meus pais. Eu os vejo com frequência, quase que diariamente, já que me ajudam com minha filha, mas não me aproximo deles, justamente para evitar que eu possa passar para eles, caso esteja contaminada. Tenho sentido muita falta desse contato físico com eles. Não tinha duvidas quanto ao tomar a vacina. Vivendo um dia de casa vez, por hoje, e somente por hoje, eu resolvi tomar e tomei de coração aberto”, conta.
A petrolinense disse ainda que não sentiu efeitos colaterais após a vacinação, e ressaltou a importância do avanço da medicina. “Não tive nenhum efeito colateral. Nenhum mal estar, nada. Sou super alérgica e estava com medo de ter alguma reação, mas graças a Deus foi bem tranquilo. Não fez nem cosquinhas. A medicina está nos mostrando que é melhor ser vacinada”, reforça Celina Cavalcanti.
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