TÁ COM MORAL: Flávio Leandro enche a bola de João Gomes: “João é um abalo sísmico”

O cantor João Gomes, que literalmente parou Recife nesta semana durante gravação do seu DVD, foi tema de um texto muito feliz do poeta Flávio Leandro, que elogiou o jovem artista por sua simplicidade e levar o nome do sertão para todo o Brasil e mundo.

 

Veja o texto na íntegra:

 

Os mares do mundo estão sendo preenchidos por grandes enchentes de sertões. O movimento das placas tectônicas das redes sociais geram abalos sísmicos de magnitudes inimagináveis, inconcebíveis. Os algoritmos cibernéticos, dos quais sou crítico, pela falta de transparência como são concebidos, assumiram o controle… Mas não posso negar que os sertões do mundo ganharam sua carta de alforria, através deles, deixando capitais a ver navios, mostrando que elas são tão somente o ponto de convergência destes sertões.

 

A roça impera, viaja horrores sem sair da roça… E tem seus condutores. Na música, em especial, a brasileira, o condutor desta viagem à terra prometida é o menino João Gomes, aqui de pertinho, de Serrita, no meu Pernambuco.

 

Salve, João!

 

Erra feio, quem o trata como fenômeno. João é um abalo sísmico, sem medida na escala richter. Parou Recife, com seu estrondo… E pararia qualquer grande centro do país.

 

Muita gente reclamou da ousadia de parar Recife, mas quantas vezes nossa amada capital já não foi parada, tristemente, pelas chuvas vindas de nuvens alimentadas por gestões fuleiras? E quantas vezes vários e vários artistas renomadamente grandes, não sonharam em parar Recife, a partir de seus shows e gravações neste mesmo marco zero? Mas quem parou, foi João. Simplesmente, João! E não parou por maldade, nem por querer, parou por que o sertão que carrega consigo ficou grande demais para a opulência majestosa de nossa “Veneza”. Este mesmo sertão esquecido por muitos artistas que deixaram o sucesso lhes subir à cabeça, o egocentrismo lhes tornar párias.

 

Não se abale com as críticas, João! Muitas delas, são por dor de cotovelo, ou por desconhecimento, ou por oportunismo sem reciprocidade, ou por maldade mesmo. Não se cobre por um cantar preciso e apurado, tendo sido você, puxado pelos braços da imediatez da Internet e trazido à velocidade da luz para abrilhantar com humanismo, humildade e empatia este mundo de medíocres! O mar virou sertão, acunhe, @joaogomescantor!

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