Repente agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil
Referência identitária cultural do Nordeste, mas também presente em outros Estados, o repente foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido de registro foi efetuado em 2013 pela Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno, e o Iphan iniciou o processo de registro oficial, que inclui a reunião da documentação relacionada e registro audiovisual, produzido em parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB).
Os repentistas ou cantadores se espalham pelas capitais e interior dos estados do Nordeste brasileiro e também nas regiões para onde ocorreram migrações de nordestinos. A votação foi feita pelos 22 membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Iphan.
O dossiê de registro elaborado documenta mais de 50 modalidades de repente, nas quais estão incluídos os versos heptassílabos, cuja acentuação tônica obrigatória está na sétima sílaba; e versos decassílabos, em que o acento obrigatório está na terceira, sexta e décima sílabas de cada verso. O próximo bem que será analisado pelo conselho consultivo vinculado ao Iphan é o forró.