No Domingão do Faustão, Ivete fala pela primeira vez sobre fofocas envolvendo seu nome e racismo, confira:
Durante entrevista ao Domingão do Faustão neste domingo (21), a cantora falou sobre diversos assuntos, mas dois assuntos chamaram à atenção: Seu nome envolvido na “briga” entre Anitta e Ludmilla e também sobre racismo. A juazeirense afirmou que não liga para as brigas na internet e disse que prefere ser um canal para assuntos importantes na sociedade, como o combate ao racismo. Ela ainda constatou que tem sorte por estar trabalhando ativamente durante a quarentena: “Preciso reconhecer os meus privilégios. Eu não posso acordar e ficar pensando em bobagem. Eu tenho a sorte de poder trabalhar, de ter uma família. Eu tenho a força, a energia. Isso eu vou numa visão otimista da minha vida pelas milhões de oportunidades que eu tenho. Eu tenho que ter respeito a essas oportunidades”, disse.
Durante o bate-papo, o apresentador comentou que a convidada não se envolve nas discussões constantes nas redes sociais: “Eu acho que a gente já tem muito assunto difícil pra lidar. O mais importante de tudo é quando você reconhece a sua essência, a sua verdade. Quando você responde a isso [haters], quando você canaliza isso, quando é um amplificador dessas ideias negativas, você acaba reforçando aquela atitude mesquinha, sem nenhuma estrutura emocional”, discursou.
Ivete ressaltou que prefere usar sua influência para tratar de assuntos relevantes, como a discussão sobre o preconceito racial. “Eu me fortaleço vendo que isso se transformou numa discussão diária, permanente e constante. Falar de um assunto que de fato tem relevância. Não fofoca, disse me disse”, “Vamos tratar, vamos utilizar [a internet] para falar de fatos que têm relevância, que são fatos que correm por anos e séculos. A gente tem que acabar com isso [racismo], através das discussões”, continuou.
Faustão, então, comentou sobre as raízes africanas da Bahia e disse que o preconceito velado tem que ser combatido. “Não é velado. O racismo é uma coisa estruturada mesmo, é uma ideia encarnada e passada de geração em geração. É preciso falar sobre isso à exaustão para que a gente entenda muitas frentes do combate ao racismo”, rebateu a cantora.
“Nós todos somos diferentes em personalidades, jeitos, maneiras, pensamentos. Mas nós temos que ter igualdade no trato, igualdade nos direitos. Eu não quero que você goste de mim, eu quero que você me respeite. Eu não posso forçar uma pessoa a gostar de mim, mas eu tenho direito de ser respeitada”, discursou a entrevistada.
“Para que isso venha de forma lúcida, temos que perder menos tempo com bobagens, inverdades, com fofocas. Com tantas coisas que nos fazem perder o foco com no que é protagonismo. O racismo tem que ter protagonismo para que a gente estude, entenda e recupere dentro de nós a essência que de fato importa”, defendeu.