Mudanças climáticas no pós-covid podem ser piores que a pandemia, diz estudo
Se já não está fácil viver nos dias de hoje, imagine se o cenário piorar? Isso pode acontecer. O mundo poderá sofrer “efeitos secundários não desejados” se a recuperação econômica pós-covid priorizar os combustíveis fósseis, é o que diz último relatório do Lancet Countdown, intitulado “2020 Report”, projeto que reúne 120 cientistas e 35 centros acadêmicos do mundo inteiro para monitorar a relação entre saúde e mudança climática publicado quarta (2).
Os combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, fornecem 80% da energia mundial e quando são queimados, liberam dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Eles são a causa para o aquecimento global e os principais responsáveis pelas mudanças climáticas. Um pós-covid focado nos combustíveis fósseis pode, a longo prazo, ser pior para o mundo do que a própria pandemia.
O “2020 Report” divulgou que nos últimos 20 anos, o número de pessoas acima dos 65 anos que morreram por causa do calor subiu 53,7%. Foram 296 mil casos só em 2018. Cerca de 128 países sofreram aumento dos incêndios florestais, 565 milhões de pessoas enfrentam a ameaça do aumento do nível do mar e 7 milhões morrem a cada ano por causa da contaminação do ar.
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