Lula diz que vai cobrar apoio de lideranças evangélicas e que pode responsabilizá-las por mortes caso façam campanhas contra vacinas

Em reunião com o grupo da saúde do governo de transição nessa quinta (24), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que é preciso trabalhar para convencer a população sobre a eficácia de vacinas, que, de acordo com ele, foram afetadas por fake news. Lula disse que vai cobrar o apoio de lideranças evangélicas às campanhas de imunização no país e que pode responsabilizá-los por mortes, caso façam campanha contra vacinas.

 

“Eu pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe delas: ‘Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas?’ Ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas”, disse o petista.

 

Durante toda a campanha, diversos pastores foram estimulados por Jair Messias Bolsonaro (PL) a condenarem as vacinas contra a Covid, sob a alegação de que seria a marca da besta fera e não teriam eficácia contra o vírus. O que fez com que diversos pastores incentivassem em suas pregações o discurso anti-vacina. Uma das pioneiras do discurso seria Damares Alves, evangélica e atual ministra do governo.

 

“O governo federal não pode somente reclamar da falta de recursos para a saúde, nosso trabalho será encontrar esses recursos e investir no SUS, em especial no resgate do Programa Nacional de Imunização para retomar a confiança da população nas vacinas”, disse Lula durante a reunião.

 

A equipe de transição também já sinalizou para representantes da saúde que irá recompor o orçamento da pasta. Por causa do teto de gastos, há uma defasagem de aproximadamente R$ 22 bilhões do que deveria ser o orçamento da saúde para 2023.

 

 

Com informações Revista Ceará e Yahoo notícias

Foto: Evaristo Sá/AFP

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