Globocop sobrevoa Porto Alegre e registra impactos causados pela inundação; veja antes e depois
O Globocop sobrevoou nesta terça-feira (28) a Região Metropolitana de Porto Alegre e registrou as mudanças na cidade em relação ao início da inundação.
O mês de maio está quase acabando. Os gaúchos seguem convivendo com alagamentos, mas o cenário já mudou bastante. Na medida que a água baixa, o que toma conta das ruas agora é o entulho. Montanhas e montanhas de lixo, de coisas que ficaram submersas por mais de duas semanas, que estragaram e agora precisam ser jogadas fora. No bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, teve até mutirão para recolher tanto entulho.
O Jornal Nacional sobrevoou a Região Metropolitana para comparar as imagens desta terça-feira (28) com as gravadas no início das inundações, na primeira semana de maio.
Dia 5 de maio. No coração da capital gaúcha, o Mercado Público estava ilhado pela água barrenta. Nesse dia foi registrado o pico do nível do Lago Guaíba: 5,35 m. Agora, o centro já está seco. O entorno do mercado está sem vestígio de água e até mesmo de barro, já que a volta do mercado já foi limpa.
Os armazéns do Cais Mauá que estavam escondidos pela água reapareceram, e o lago está correndo abaixo da mureta do antigo porto da capital. A pista do Aeroporto Salgado Filho também está seca. Ali agricultores instalaram bombas de drenagem que são usadas em lavouras de arroz. O antes e depois do aeroporto mostra bem que a área do aeroporto está com menos água.
O Jornal Nacional sobrevoou também os estádios da dupla Grenal. A cheia atingiu tanto a Arena do Grêmio como o Beira Rio – que, agora, já estão secos, mas os gramados ficaram destruídos.
E quem não lembra da imagem de um cavalo se equilibrando em um telhado? Cena registrada no bairro Mathias Velho, em Canoas, no dia 8 de maio. Vinte depois, o mesmo telhado onde estava o cavalo Caramelo está totalmente fora d’água. O bairro ainda tem água nas ruas, mas em um nível bem menor. O que tem ajudado a escoar a água são as bombas emprestadas pela Sabesp. Algumas casas não aguentaram tantos dias submersas e estão se desmanchando.
Mesmo com a água baixando, ainda tem mais de 11 mil moradores de Canoas dormindo em abrigos. A cidade responde por 20% do total de desabrigados em todo o Rio Grande do Sul.
Outro problema em Canoas está nos hospitais. No dia 15 de maio, o repórter Jonas Campos esteve em frente ao Hospital de Pronto Socorro, de barco. A água baixou bastante e revelou ambulâncias que ficaram no estacionamento.
Aos poucos, e bem lentamente, o Guaíba está voltando ao seu lugar, devolvendo as casas, o trabalho, o lugar preferido de milhares de gaúchos.
Fonte: G1/Jornal Nacional
Foto/Vídeo: Reprodução
Jornal Nacional