Febre reumática aguda: sintomas, diagnóstico e tratamento
Dor na garganta persistente, inflamação, dor e febre. Estes são alguns dos sintomas da febre reumática aguda. Uma doença inflamatória que pode afetar diversas partes do corpo e que tem sido alvo de avanços significativos no diagnóstico e tratamento. Com sintomas que podem variar desde dor nas articulações até comprometimento cardíaco, a doença agora está sob o foco da pesquisa internacional que pode seguir para um diagnóstico mais eficaz.
A doença acontece com maior frequência entre os 5 e os 15 anos, após uma infecção de garganta (faringite), quando o sistema imunológico começa a atacar os tecidos saudáveis por engano e a sua condição mais grave acontece quando os sintomas estão relacionados ao coração e ao sistema nervoso. A febre reumática aguda é uma complicação rara, porém grave, que surge como uma resposta imunológica anormal a infecções causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes. A doença pode afetar o coração, as articulações, a pele e até o sistema nervoso central.
“Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas frequentemente incluem febre, dor e inflamação nas articulações, dor no peito ou falta de ar por comprometimento cardíaco, lesões avermelhadas na pele e movimentos involuntários dos músculos”, explica a médica reumatologista, Hany Cruz.
O tratamento da febre reumática aguda é geralmente baseado no uso de antibióticos para tratar a infecção estreptocócica inicial, além de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e reduzir a inflamação. Drª. Hany ainda ressalta a importância do diagnóstico e tratamento precoces: “Identificar a doença em suas fases iniciais é fundamental para prevenir complicações graves, especialmente as relacionadas ao coração. A pesquisa internacional sobre biomarcadores mostra a evolução da área científica para esta doença”, diz a profissional de saúde que também é professora do curso de Medicina do Centro Universitário de Excelência – Unex, em Feira de Santana.
Além do tratamento com os medicamentos indicados pelo médico responsável pelo caso, o acompanhamento do paciente também pode ser realizado por um fisioterapeuta, como uma abordagem complementar, para diminuir as dores e promover bem-estar. Para o fisioterapeuta, Dijalma Campos, esta é uma importante fase de reabilitação para estes pacientes. “O tratamento e atendimento desses pacientes com febre reumática aguda são adaptados diante a necessidade de cada um. O profissional pode realizar exercícios para que o paciente consiga manter a mobilidade e a postura, além de ajudar a amenizar as dores”, disse Campos que também é professor da Unex no curso de Fisioterapia.
Pesquisa Inovadora
Recentemente foi divulgado que o Hospital Estadual da Criança (HEC) representa a América Latina em uma pesquisa internacional para encontrar biomarcadores no sangue capazes de indicar a presença da febre reumática de forma mais precoce e precisa. “Essa pesquisa é um passo importante para melhorar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento da doença”, afirma Drª. Hany Cruz.
Fonte e imagem: Ascom UniFTC