EXAUSTÃO: especialistas analisam causas de fadiga crônica por causa da pandemia

Foi numa manhã do mês de maio que a consultora política Fernanda Galvão, de 45 anos, desabafou no Facebook: “Queria, por um diazinho que fosse, não estar tão cansada. Parece até que a minha alma está exausta. E ainda é segunda-feira, meu Deus”. A publicação de Fernanda rendeu inúmeros comentários de amigos se identificando com a exaustão descrita por ela.

 

De acordo com o escritor e consultor André Carvalhal, “esse é o mood do momento”. “Ninguém aguenta mais não aguentar mais”, afirma, em alusão ao livro homônimo de Anne Helen Petersen, cujo subtítulo é: “Como os millennials se tornaram a geração do burnout”. “As pessoas já acordam cansadas. Então, precisamos entender o que existe por trás disso”, pondera.

 

Mas será que a volta às atividades presenciais depois de um longo período não estaria alavancando ainda mais essa sensação? “O home office em decorrência da Covid-19 causou exaustão entre as famílias, que acabaram se adaptando”, analisa a psicóloga Marta Monteiro. “Agora, ao sair dessa zona de conforto, vem o novo de novo. E o novo, até se tornar cotidiano, é estressante. Fora isso, a pandemia não acabou”, continua. Para André Carvalhal, o momento atípico mexe com todos: “Mas o que prevalece é a exaustão mental, consequência do trauma da pandemia e das incertezas da situação nacional e global”. As informações são do Jornal O Globo. 

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