“Estar no peso adequado não é garantia de que não morreremos, mas é garantia da diminuição dos fatores de risco”, comenta médica sobre a morte de celebridade plus size

A celebridade Jamie Lopez ficou conhecida internacionalmente por criar um salão de beleza para mulheres com excesso de peso enquanto estava confinada por causa do excesso de peso. Na época, ela chegou a pesar 380 quilos.

 

Nesta semana, a estrela do movimento plus size morreu em decorrência de problemas cardíacos. A confirmação da morte, divulgada oficialmente pelo salão “Babydoll Beauty Couture”, fundado por Jamie comoveu o mundo, mas a notícia que ganhou as redes sociais também acende um alerta sobre a glamourização da obesidade e os riscos do aumento de peso que podem ser fatais.

 

“As pessoas confundem a popularidade por estar acima do peso com algo bom, mas, não faz bem sermos privados da liberdade de viver o dia a dia, conquistar nossos sonhos de outra forma por virar um estereótipo de pessoa acima do peso. Não podemos afirmar, categoricamente, que se ela fosse magra não teria morrido, uma vez que as pessoas que não estão acima do peso também podem ter problemas cardíacos. Mas, também é fato que a obesidade multiplica em muitas vezes o risco de acometimento de doenças cardíacas, inclusive morte súbita. Além das questões cardíacas, uma pessoa acamada tem maior risco de trombose, que pode culminar em um acidente vascular cerebral, infarto, trombose dos membros; tudo isso deve ser considerado”, explica a Dra. Carolina Almeida, diretora médica do Núcleo GA Petrolina.

 

Além do salão, Jamie também fez do excesso de peso um tema para uma série “Super Sized Salon”, da WE, um modelo de reality show, no qual as câmeras mostraram a rotina diária das participantes, incluindo perda de peso (durante o programa Lopez perdeu 180 quilos num ano), quando ela pôde entrar pela primeira vez, no seu próprio salão.

 

“Infelizmente, a Jamie é mais uma vítima da obesidade, uma pessoa com um futuro pela frente que perdeu a vida mesmo tendo a chance de viver mais e melhor, se tivesse realizado tratamento em tempo útil de ser salva. Estar no peso adequado não é garantia de que não morreremos, mas é garantia da diminuição dos fatores de risco”, conclui a Dra. Carolina Almeida.

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