Entenda o que se sabe sobre a queda do avião que matou 62 pessoas no interior de São Paulo
Nesta última sexta-feira (9), um avião da VoePass caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, imagens mostram a aeronave rodopiando em um movimento chamado “parafuso chato” antes de atingir um condomínio residencial, matando todas as inicialmente 61 pessoas que estavam a bordo, porém, neste sábado (10) foi confirmada mais uma vítima que não estava na lista de passageiros, sendo 62 mortos ao todo.
Nas primeiras horas após a tragédia, que foi quinto maior acidente aéreo da história no país, peritos da Aeronáutica e a Polícia Federal (PF) investigam o que levou a aeronave a perder velocidade a tal ponto que as asas ficaram sem pressão aerodinâmica.
O avião de prefixo PS-VPB havia saído de Cascavel, no Paraná, às 11h46, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e chegada prevista para 13h50. Aquela era a quarta viagem do dia da aeronave turboélice modelo ATR-72, com 73 assentos. Dentro dela, havia 57 passageiros e 4 tripulantes. Nenhum deles sobreviveu. Por sorte, ninguém em solo foi atingido pelo avião, que caiu no quintal de uma casa.
Tanto as autoridades quanto a companhia aérea VoePass, antiga Passaredo, e especialistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam ser prematuro apontar a causa do acidente, embora a principal suspeita até o momento seja a formação de gelo nas asas da aeronave. A empresa admitiu que o modelo é “sensível ao gelo” e que esse é um “ponto de partida” para as investigações.
Segundo o diretor de operações da VoePass, Marcel Moura, o avião havia passado por uma revisão técnica de rotina na madrugada anterior, em Ribeirão Preto, onde fica a sede da empresa. Ela estava “100% despachada, de acordo com os manuais e regulamento”, após a inspeção, disse Moura. Para a empresa, ela estava apta a voar.
A empresa afirma que a aeronave decolou do Paraná com todas as condições operacionais para cumprir a programação. Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura. Todas as vítimas tinham nacionalidade brasileira. Os passageiros eram, sobretudo, de Cascavel e de São Paulo.
Fonte: Metrópoles
Foto: Reprodução