Duas boas notícias sobre o coronavírus que vão te fazer se sentir melhor
1 – Nova Zelândia anuncia que venceu o coronavírus
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta segunda, 27, que o país conseguiu vencer a batalha contra o novo coronavírus e não registrou mais casos de contágios locais. Até agora, o país teve 1.472 casos do novo coronavírus, com 19 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins. Desses, 1.214 – ou seja 82% – se recuperaram, informou o Ministério da Saúde do país.
Nos últimos dias, as infecções recém-diagnosticadas totalizaram menos de um dígito. E nesta segunda-feira, a Nova Zelândia relatou apenas um novo caso: “Isso nos dá confiança de que alcançamos nosso objetivo de eliminação, que nunca significou zero, mas significa que sabemos de onde vêm nossos casos”, disse Ashley Bloomfield, diretora geral de saúde da Nova Zelândia. Ela revelou que houve apenas um caso desde 1º de abril e que as autoridades ainda estavam investigando a fonte da infecção.
Como eles conseguiram?
O país rico, de 5 milhões de habitantes – menos que a cidade do Rio de Janeiro – tomou medidas rígidas e agiu rápido, assim que surgiram os primeiros casos. Entre elas, o confinamento, a proibição de aglomerações e o fechamento das fronteiras. A Nova Zelândia fechou suas fronteiras em março, aplicou uma quarentena de duas semanas de todas as chegadas ao país e provocou um bloqueio rigoroso.
Praias, beira-mar e playgrounds foram fechados em 26 de março, assim como escritórios e escolas. Os restaurantes também foram fechados, inclusive para entrega. O governo também obrigou as pessoas a permanecerem em casa e suspendeu todas as atividades não essenciais. Os 1.600 moradores de rua foram transferidos para hotéis e motéis, e depois devem ir para abrigos do governo, onde podem ser rastreados, a um custo da 100 milhões de dólares.
Vantagens
A Nova Zelândia teve algumas vantagens no combate ao vírus, como o benefício de tempo.
A localização remota foi outro ponto que jogou a favor quando o vírus eclodiu, dizem especialistas.
É uma nação insular e poucos vôos vão para a Nova Zelândia.
O país também é governado centralmente, ou seja, não possui estados como os EUA, ou sua vizinha Austrália.
Mas a verdadeira chave do sucesso da Nova Zelândia parece ser uma abordagem que pode ser aplicada em qualquer lugar: mover-se rapidamente, testar amplamente e confiar fortemente na ciência.
Sem comemoração
Mesmo com a boa notícia, o país ainda não está comemorando. Segunda-feira foi o último dia de quase cinco semanas de estritas medidas de bloqueio de nível quatro, que a primeira-ministra da Nova Zelândia Jacinda Ardern descreveu como “as mais rígidas restrições impostas aos neozelandeses na história moderna”.
Agora, o país entrou em um bloqueio menos restritivo, com mais 400.000 neozelandeses voltando ao trabalho e 75% da economia do país operando, segundo Ardern.As novas restrições de nível três também significam que os neozelandeses poderão realizar pequenos funerais e comprar comida para viagem.
2 – OMS lança plano de colaboração para acelerar pesquisas de Covid-19
Na última sexta-feira (24), a OMS lançou uma iniciativa de “colaboração emblemática” para acelerar o desenvolvimento, a produção e o uso de medicamentos, testes e vacinas seguros e eficazes para prevenir, diagnosticar e tratar a Covid-19.
OMS lança iniciativa colaborativa para medicamentos, testes e vacinas contra a Covid-19. Segundo a OMS, a iniciativa – chamada de Access to Covid-19 Tools Accelerator, ou o ACT Accelerator –, irá tornar as tecnologias contra a doença “acessíveis a todos que precisam delas, no mundo inteiro”.
“O mundo precisa dessas ferramentas e precisa delas rapidamente (…) Estamos enfrentando uma ameaça comum, que só podemos derrotar com uma abordagem comum”, afirmou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, no lançamento da iniciativa.
Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19
A OMS não cita os testes múltiplos, mas afirma que é preciso “testar todas as vacinas candidatas até que elas falhem.” “A OMS está trabalhando para garantir que todos eles tenham a chance de serem testados no estágio inicial de desenvolvimento”, diz a organização. (Fonte: O Globo)