Boas Notícias sobre coronavírus para começar bem a semana
1 – Pesquisadores da Univasf desenvolvem respirador mecânico para ampliar a capacidade de atendimento de pacientes com Covid-19 em hospitais
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) desenvolveu um projeto que pode contribuir para o aumento do número de respiradores pulmonares disponíveis nos hospitais da região do Vale do São Francisco. O grupo criou uma tecnologia que automatiza um respirador manual, conhecido como ambu. Com a automatização, o equipamento poderá atuar como um tipo de ventilador mecânico e colaborar na respiração de pacientes que necessitam de auxílio respiratório, mas não possuem problemas nos pulmões. Deste modo, será reduzida a demanda por respiradores pulmonares, aparelho mais complexo e vital para o tratamento de pacientes em estágio avançado de Covid-19.
A iniciativa parte de um grupo com nove pessoas, composto por docentes da Universidade, vinculados aos cursos de Medicina, Engenharia Mecânica e Engenharia da Computação, e funcionários do Hospital Universitário (HU-Univasf). A equipe de Mecânica atua na construção da máquina e dos aparelhos que fazem o seu motor funcionar, enquanto a Engenharia da Computação é responsável pelo sistema eletrônico que controla este funcionamento, adaptável às necessidades de cada paciente. Além disso, o grupo da área de saúde, que conta com integrantes da Comissão de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 da Univasf, orienta sobre o funcionamento da respiração mecânica e fiscaliza os parâmetros necessários para que haja aplicabilidade do produto.
O protótipo criado pelos pesquisadores da Univasf faz uso de peças da indústria automobilística para fazer com que estes movimentos sejam realizados por uma máquina com sistema computadorizado, que pode realizar de 10 a 30 destes ciclos por segundo. Assim, o ambu mecanizado não irá substituir um respirador pulmonar, mas, utilizado em pacientes com quadros mais simples, contribuirá para diminuir a sobrecarga do sistema de saúde e dos profissionais da área.
2 – Antiviral é anunciado pelo governo russo como promissor no combate à Covid-19
A Rússia vai começar a ministrar seu primeiro medicamento aprovado para o tratamento da Covid-19 na próxima semana (8), Uma medida que espera facilitar as tensões no sistema de saúde e acelerar o retorno à vida econômica.
Os hospitais russos podem começar a dar a pacientes o medicamento antiviral, registrado sob o nome Avifavir,a partir de 11 de junho, diz o chefe da RDIF [Fundo Direto de Investimento] na Rússia. Ele falou que a empresa por trás do medicamento fabricaria o suficiente para tratar cerca de 60.000 pessoas por mês. Atualmente, não existe vacina para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e os testes em humanos de vários medicamentos antivirais que já existentes ainda não demonstraram eficácia.
Um novo remédio antiviral da Gilead chamado Remdesivir mostrou alguma promessa em pequenos testes contra a Covid-19 e está sendo oferecido a pacientes por alguns países sob regras de uso compassivo ou emergencial. O Avifavir, conhecido genericamente como Favipiravir, foi desenvolvido pela primeira vez no final dos anos 90 por uma empresa japonesa comprada mais tarde pela Fujifilm ao entrar na área da saúde.
O chefe do RDIF, Kirill Dmitriev, disse que os cientistas russos modificaram o medicamento para aprimorá-lo e afirmou que Moscou estará pronta para compartilhar os detalhes dessas modificações em duas semanas. O Japão está testando a mesma droga, conhecida como Avigan. Ele ganhou prestígio do primeiro-ministro Shinzo Abe e US $ 128 milhões em financiamento do governo, mas ainda não foi aprovada para uso.
O avifavir apareceu no sábado (30) na lista do governo russo de medicamentos aprovados.