BOAS NOTÍCIAS: Médicos descobrem novo tratamento para câncer de mama agressivo
Uma equipe de médicos e cientistas do Centro Nacional do Câncer de Cingapura identificou um novo método para tratar o câncer de mama. Ele será utilizado para o chamado triplo-negativo (CMTN), mais agressivo do que outros tipos de câncer de mama. A descoberta foi publicada na revista News Medical.
A equipe usou um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno para facilitar esse processo antes da quimioterapia que ainda é o tratamento padrão básico.
Ser Yue Loo e seus colegas descobriram que as células cancerosas mudam entre diferentes estados celulares, incluindo mudar de menos agressivas (epiteliais) para mais agressivas (mesenquimais) e vice-versa.
Ao converter células cancerosas altamente agressivas para o formato menos agressivas, os tumores são “preparados” para responder melhor à quimioterapia, que funciona eliminando as células cancerosas.
Este processo biológico é denominado transição mesenquimal-epitelial, e a equipe usou um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno para facilitar esse processo no trabalho pré-clínico do câncer de mama, antes da aplicação da quimioterapia.
A equipe já anunciou o início de um ensaio clínico humano, com previsão de duração de três anos, para investigar se esta abordagem funciona fora do ambiente de laboratório. O ensaio chama-se BEXMET, sigla em inglês para transição mesenquimal-epitelial induzida por bexaroteno.
O bexaroteno, vendido sob a marca Targretin, é um agente aprovado nos EUA e na Europa para o tratamento de linfoma cutâneo de células T.
“As descobertas laboratoriais publicadas em um jornal científico nem sempre se traduzem no ambiente clínico por várias razões. Para nosso estudo, existe uma versão de grau clínico do indutor de transição mesenquimal-epitelial (bexaroteno), o que facilitou significativamente a tradução direta para o cenário clínico. Esperamos que os resultados do BEXMET sejam o primeiro passo na introdução de um novo conceito no tratamento do câncer,” disse a Dra. Elaine Lim, coordenadora do estudo.