Baixo cachê, contratos abusivos: entenda a polêmica envolvendo a FitDance e os ex-dançarinos

Desde a semana passada, muitos dos holofotes estão virados para a companhia de dança FitDance. Conhecida pelos vídeos de coreografia na internet, a empresa baiana vem sendo alvo de uma grande polêmica protagonizada por ex-dançarinos. Se você está por fora de tudo que está rolando, fique tranquilo que o Portal ZAP te explica.

 

A polêmica começou quando Isis Oliveira, Gabi Menezes, Diogo Pretto e Junior Gomes divulgaram, nas redes sociais, que estavam se desligando do grupo. Dos quatro, apenas Diogo Pretto, que é um dos participantes mais antigos, comunicou a razão pelo qual pediu para sair: o contrato abusivo criado pela empresa.

 

O dançarino, em um vídeo de 42 minutos postado em sua rede social, alegou que queria ser livre e que não aguentava mais “ver as coisas acontecendo e ficar calado”. Falou também que os responsáveis pela companhia, há um tempo, tratam os dançarinos como se fossem “descartáveis”.

 

Depois disso, muita coisa veio à tona, como por exemplo o baixo cachê: os dançarinos ganha cerca de R$ 50 a R$ 100 por video e R$ 150 por show. As contratações na FitDance são com exclusividade, e os dançarinos não podem fechar publicidade por fora nem ter um assessor próprio. Alguns contratos previam exclusividade de 4 anos, e quem descumprisse ou quebrasse teria de pagar R$ 200 mil. Também falam sobre a jornada exaustiva, mesmo durante a pandemia.

 

A FitDance chegou a divulgar uma nota classificando as críticas como “injustas e fora de contexto”. Já ontem (28), Fabio Duarte, chefe da empresa, quebrou o silêncio. Também em vídeos postados nas redes sociais, afirmou ter refletido sobre as críticas que sofreu e prometeu generosidade e empatia a partir de agora, além de uma evolução pessoal e profissional. BigBoss, como é conhecido, disse que está aberto para conversar com todos que o criticaram, e declarou que promete assimilar as críticas da melhor forma.

 

Vale ressaltar que outros ex-dançarinos também se manifestaram sobre a polêmica. Lore Improtta, que ficou no grupo até 2016, falou em “justiça divina”. “Só passando para falar para vcs nunca desacreditarem da justiça de Deus. O mundo dá muitas voltas, gente. Eu aguentei muito tempo calada”, escreveu. Dam Fernandes, que deixou o grupo em 2019, escreveu: “Para as pessoas que acham que é tudo tranquilo e que a gente já entra sabendo como acontece as coisas, pensem que é como um relacionamento, uma caixinha de surpresas, tudo dá voltas, tá bem e daqui a pouco não tá, não se iludam, fica a dica”.

 

A polêmica rendeu bastante. Será que essa novela vai ter novo capítulos?

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