Anestesista é preso por estuprar mulheres sedadas em cirurgias e investigado por produção de pornografia infantil
Um anestesista foi preso temporariamente nesta segunda-feira, por agentes da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), por estupro de vulnerável. O colombiano Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos, é suspeito de violentar ao menos duas mulheres sedadas durante cirurgias. Segundo a Polícia Civil, o médico, que atuava em unidades públicas e particulares do Rio, ainda gravava os crimes e armazenava o conteúdo. A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão no imóvel.
As duas pacientes gravadas pelo médico estavam numa mesa de cirurgia e aparentavam estar desacordadas por efeito da anestesia. Uma das vítimas teria sido operada em um hospital da rede pública estadual e outra da rede federal, ambos no Rio.
Andres Eduardo foi preso no apartamento em que mora com a esposa, em um condomínio da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O médico está em situação legal no país e atua tanto em hospitais públicos quanto particulares.
A Justiça expediu o mandado de prisão e busca e apreensão contra Andres por estupro de vulnerável. O médico é ainda investigado por produzir e armazenar pornografia infantil em um outro inquérito. Ele mantinha arquivadas em equipamentos eletrônicos mais de 20 mil imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes. A análise do material chamou atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês com menos de um ano de vida.
“É um arquivo extremamente violento, em grande quantidade. Podiam ser vistos bebês de colo, de menos de um ano, sendo abusados sexualmente, sendo obrigado a participar de sexo com adultos. Algo que chocou até mesmo agentes mais experientes. Pesquisando esses conteúdos, foram encontrados dois vídeos em que esse suspeito ainda estuprou duas pacientes durante o procedimento de anestesia pré-cirúrgico. Ele foi preso, prisão temporária de 30 dias, vai ser recolhido. E, no decorrer das investigações, a polícia espera encontrar outras vítimas”, explicou o delegado Luiz Henrique Marques Pereira, titular da Dcav.
Com informações: oGlobo
Foto: Reprodução