Boas notícias: cientistas brasileiros criam repelente que “confunde” mosquito da dengue; entenda
Um repelente para ‘despistar’ o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya? É possível, é o que dizem pesquisadores do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que desenvolveram uma pesquisa que utiliza um mecanismo baseado na evolução do próprio animal, que fez da fêmea uma perita em detectar sangue, com o objetivo de impedir que ela encontre “pistas químicas” que a guiam até seus hospedeiros – o que geralmente é feito através de receptores nas antenas e nos palpos, por onde mosquito capta substâncias produzidas por mamíferos.
Os cientistas da UFPR desenvolveram uma molécula de ácido lático modificado que bloqueia temporariamente os receptores do inseto e o impede de seguir as pistas químicas. A substância está em processo de patente, e por enquanto, a molécula mostrou-se mais eficiente em repelentes corporais. Testes laboratoriais verificaram que o repelente funciona bem por cerca de dez horas.
O método de desenvolvimento do repelente dispensou solventes – substâncias que possibilitam reações químicas e que, geralmente, se convertem em sobras de potencial poluidor – na primeira etapa. Agora, os pesquisadores trabalham para eliminar os solventes na segunda etapa da síntese da substância, o que representaria a possibilidade de oferecer ao mercado um repelente de alta eficiência, natural, já que é feito de uma substância que o corpo humano produz, biodegradável, com insumos acessíveis, de custo baixo e obtido com reações químicas de baixo passivo ambiental. (com informações do Metropóles)