Rodeadouro se prepara para a tradicional Festa de São José, com procissão fluvial e manifestações culturais

No dia 19 de março, a Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro (BA), celebra a Festa de São José, padroeiro local, em um encontro de fé, cultura e consciência ambiental.

 

O evento será realizado com apoio da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte), a programação inclui alvorada, procissão fluvial e o tradicional ‘Samba de Véio do Rodeadouro’. A festividade encerra o rito do novenário, período de nove dias de orações e celebrações ao santo.

 

 

A programação do festejo começa ainda um dia antes. Na segunda-feira (18), a partir das 8h, será realizado um mutirão de limpeza e conscientização sobre a preservação ambiental, com participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), moradores da comunidade e ambientalistas.

 

 

Na terça (19), o roteiro tem início às 5h30, com uma caminhada ao alvorecer pelas ruas do Rodeadouro em direção ao porto da ilha. De lá, às 6h30, os devotos vão embarcar para a Procissão Fluvial, um cortejo em embarcações que acompanharão a imagem do santo, navegando pelas águas do rio.

 

 

A procissão segue até a Orla de Juazeiro e, às 8h, retorna à comunidade do Rodeadouro, encerrando essa etapa da celebração. No mesmo horário, embarcações também partem do bairro Angari, na cidade, com destino à ilha.

 

 

De volta à comunidade, os navegantes serão recepcionados com um café da manhã comunitário e uma apresentação cultural do Samba de Véio do Rodeadouro. À tarde, o evento conta com procissão terrestre, missa e show musical com o cantor Nilton Freitas.

 

 

A festa é centenária, embora não haja registros exatos sobre a data de sua origem, sabe-se que o culto ao santo é histórico e muito significativo, ligado às características da comunidade. É o que destaca o padre Marcos da Silva, responsável pela Paróquia de São José, organizadora do festejo.

 

 

“O povo sempre cultuou São José. Sendo uma comunidade à beira do rio e quilombola, acredito que, muitas vezes, devem ter recorrido ao santo, protetor dos plantios e intercessor dos operários, nas cheias e baixas do rio, para ter safra em abundância”, reflete.

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