Jaguarari treme 41 vezes no ano e geólogos defendem paralisação na mineração

O município de Jaguarari, no estado da Bahia, tem registrado uma intensa atividade sísmica nos últimos meses, o que tem gerado receio de especialistas devido à antiga atividade de mineração na área.

 

 

 

A situação alarmante levou o Núcleo Bahia/Sergipe da SBG (Sociedade Brasileira de Geologia), a UFBA e a UEFS a publicarem uma nota técnica, no início deste mês, defendendo a paralisação das atividades em áreas mais suscetíveis a eventos.

 

 

No local, há um depósito de minério de cobre descoberto ainda em 1874 e explorado há 45 anos.

 

 

Na quarta-feira passada, um tremor de 3,6 na escala Richter foi registrado e sentido no distrito Pilar, próximo a onde existe uma planta de mineração da empresa EroBrasil Caraíba. Moradores relataram ter sentido chão tremer.

 

 

Segundo a empresa as atividades foram paralisadas e afirma que o epicentro está fora da área de sua atuação e em uma falha geológica conhecida.

 

 

 

Após esse sismo, mais de 70 outros pequenos tremores ocorreram no dia seguinte, imperceptíveis aos humanos. Somente este ano, o município registra 41 tremores com intensidades acima de 1,5, tornando a área como a de maior atividade sísmica no Nordeste, segundo o LabSis (Laboratório Sismológico) da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

 

 

“Tem sido algo recorrente e, dada importância das atividades de mineração, é importante haver monitoramento integrado com estudos geológicos e outros estudos geofísicos. Conhecer é o primeiro passo, a gente só protege aquilo que conhece,” disse Anderson Nascimento, professor do LabSis.

 

 

Fonte: Uol

 

 

Foto: Reprodução

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