Governo Lula tem rombo de R$ 230 bilhões em seu 1º ano de governo; ‘maior, desde 2017’, diz BC
O rombo no déficit das contas do governo do Brasil está acima da projeção do Orçamento de 2023, que previa rombo de até R$ 229,1 bilhões. O resultado foi causado pelo pagamento de precatórios, que são títulos de dívidas do governo federal reconhecidas definitivamente pela Justiça. Ainda assim, mesmo sem o pagamento dos precatórios, o déficit teria sido de R$ 138,1 bilhões.
Conforme o Secretário do Tesouro Nacional, Rogerio Ceron, outros fatores impactaram no resultado primário de 2023, como acordo para compensação da União aos estados e ao Distrito Federal pela perda de arrecadação com o teto de ICMS sobre combustíveis em 2022. O resultado primário é formado pelo saldo das receitas sobre as despesas, excluindo o pagamento dos juros da dívida. O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) justificou e disse, em dezembro, que o deficit já seria de R$ 130 bilhões mesmo sob a gestão de Jair Bolsonaro.
Segundo Haddad, o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2023, enviado pelo governo anterior, previa um saldo negativo de R$ 63,7 bilhões. Haveria o incremento de um deficit de “mais de R$ 60 bilhões” para o reajuste prometido do então Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família. O deficit foi de R$ 116,1 bilhões em dezembro de 2023, o pior da série histórica, iniciada em 1997. O resultado foi potencializado pelo pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios. Ao excluir esse custo, o saldo negativo seria de R$ 23,8 bilhões.
Com informações Revista Ceará
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