Revoltada com falta d’água em Quixabeira, população joga ovos em sede da Embasa
Em protesto contra a falta de água que atinge o município há alguns dias, moradores de Quixabeira (BA) jogaram ovos e tentaram invadir a sede da Embasa na cidade, que fica a 300km de Salvador, na manhã desta sexta-feira.
Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver o funcionário da Embasa tentando se proteger das ovadas fechando as portas do local. No entanto, a população não se acalma e tenta invadir o estabelecimento a gritos de “invade, invade”. De acordo com o portal Ichu Notícias, cerca de 150 pessoas participaram da manifestação.
A empresa explicou, por meio de nota enviada ao Jornal Correio, que a falta d’água é decorrente do vazamento em uma adutora, corrigido nesta semana. Entretanto, as torneiras em Quixabeira estariam vazias ainda graças a “sucessivas falhas no fornecimento de energia elétrica por parte da Coelba, que provocam a interrupção de funcionamento das bombas e impedem a chegada da água nos pontos mais distantes do sistema”, diz nota.
A Coelba Neoenergia, entretanto, esclarece que não há histórico de interrupções frequentes no fornecimento de energia para a unidade de tratamento e abastecimento de água da Embada, em Quixabeira. Um único incidente foi registrado e resolvido no mês passado.
“Ressaltamos que mantemos um atendimento dedicado a instituições e empresas que prestam serviços essenciais, como a Embasa, para garantir rápida assistência em casos de incidentes. Além disso, implementamos um plano de manutenção preventiva para assegurar o fornecimento contínuo de energia. Nos últimos cinco anos, investimos mais de R$ 11 bilhões em obras e tecnologias para garantir um sistema elétrico confiável e robusto”, diz em nota.
Além disso, a Embasa também culpa a estiagem aliada às altas temperaturas, que aumentam o consumo de água.
“A Embasa tem adotado todas as providências possíveis para manter a regularidade do abastecimento de água em Quixabeira, inclusive correção rápida de vazamentos, combate a furtos ao longo da adutora e contato constante com a Coelba para cobrar o fornecimento regular de energia em alta tensão para os equipamentos do sistema”, garante o comunicado.
Já sobre a “manifestação”, a Embasa diz que repudia os atos de desrespeito aos trabalhadores que estavam buscando diálogo com a população. O escritório teria ficado “degradado” após o ato.
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