O que está acontecendo em Maceió? Entenda o risco de colapso da mina da Braskem

A Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por conta do risco eminente de colapso. Famílias precisaram deixar a região do bairro de Mutange, em Maceió (AL), por conta do risco de uma mina da Braskem colapsar e ceder o solo.

 

Os primeiros ocorreram em fevereiro de 2018, quando parte das ruas do bairro chegou a ceder. Na ocasião, mais de 55 mil pessoas precisaram deixar as suas casas.

 

Agora, o rompimento de uma das minas de sal-gema exploradas pela empresa, deixou a situação ainda pior. Segundo a Defesa Civil, nas últimas 48 horas o chão cedeu 1 metro e está afundando dois centímetros por hora.

 

A preocupação é que o desabamento pode ocasionar grandes crateras e tremores. O efeito cascata de rompimento de solos em outras regiões também é uma possibilidade. Cinco abalos sísmicos foram registrados no bairro de Mutange somente no mês de novembro.

 

A Justiça Federal determinou a desocupação de 23 residências nas áreas mais próximas do Mutange, como Bom Parto e Bebedouro. Caso haja resistência, a ordem é que seja utilizada força policial. O temor é de que o colapso abra uma cratera do tamanho do Maracanã.

 

Entenda o risco:

 

• A exploração do sal-gema começou na década de 1970 em Maceió. Desde então foram criados 35 poços de extração;

• Em 2018, um forte tremor de terra fez surgir as primeiras rachaduras nos bairros. Uma delas tem 280 metros de extensão;

• Agora, uma das minas do bairro Mutange corre o risco de colapsar e afundar todo o solo. Uma capa extremamente fina cobre a cavidade da mina 18.

 

Essa e outras minas foram criadas em decorrência da atividade de mineração para a extração de sal-gema, um cloreto de sódio usado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).

 

Essas minas são como cavernas que ficam sob uma lagoa. O topo dessas cavernas pode colapsar a qualquer momento. Os possíveis impactos ambientais são imprevisíveis.

 

Fonte: R7
Imagem: Reprodução/RECORD

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