Frequentadores da biblioteca de Juazeiro relatam estrutura precária do local, veja:
Um grupo de estudantes frequentadores da Biblioteca Municipal de Juazeiro-BA denuncia o estado de precarização das instalações do espaço. De acordo com eles, os problemas são referentes à falta de estrutura básica, como más instalações em todas as alçadas – da rede hídrica à rede elétrica; falta de manutenção básica nos aparelhos de ar condicionado; inércia na troca das velas dos filtros dos bebedouros e na limpeza da ‘calha’ do teto – que fica tomada pelas folhas de árvores centenárias da vizinhança.
Essas são algumas das dificuldades enfrentadas pelos milhares de estudantes que vão cotidianamente à biblioteca do município. Eles contam que na última segunda-feira (13/03), funcionários da biblioteca tiveram que interditar os bebedouros do espaço, uma vez que a água estava imprópria para o consumo.
Segundo informações repassadas aos estudantes, “a vela do filtro do bebedouro jamais foi trocada pela prefeitura. Aliás, é a mesma que foi colocada na ocasião da doação dos bebedouros, ainda durante o governo Isaac Carvalho”. Além disso, segundo relatos, o governo atual já havia sido informado (desde o ano 2021, pelos próprios funcionários da biblioteca) da necessidade básica de manutenção e troca de vela dos filtros dos bebedouros. No entanto, apesar de tudo isso, a prefeitura permaneceu inerte e omissa, evidenciando o total descaso que os frequentadores do espaço têm de enfrentar diariamente”.
Dificultando ainda mais a vida dos frequentadores do prédio público, recentemente, no dia 06 de março, os leitores foram surpreendidos pela transformação da parte da frente da biblioteca em “Zona Azul”, acabando de vez com a “benesse” que a gestão pública sempre fazia questão de conceder aos frequentadores do local (de não permitir cobranças de zona azul na região da frente da biblioteca).
Apesar de tudo isso, o local atende – mesmo que precariamente – muita gente que, não dispondo de local próprio para estudo, encontra algum amparo neste serviço público.
Estima-se que a biblioteca receba, diariamente, em torno de 53 leitores – que totalizam a média de 1.166 mensalmente, e 13.992 ao ano. Número expressivo para um serviço precarizado, mas que de alguma forma ainda toca na vida das pessoas.