Casais recorrem ao agendamento de sexo para manter vivo o tesão em relacionamentos longos
Várias pessoas que vivem atribuladas com obrigações cotidianas, como trabalho e cuidado com filhos, adotaram a prática de marcar no calendário dias e momentos específicos para fazer sexo. Estratégia que, de acordo com a psicóloga e terapeuta de casal Gisele Aleluia, serve para manter vivo o tesão especialmente quando o relacionamento estaciona num platô.
“Há um mito de que sexo é uma coisa natural e instintiva. A quantidade de gente que não transa, mesmo casada e namorando, é enorme. Agendar é sinal de que há um interesse em dar prioridade àquela atividade”, explica a profissional.
E quando uma das partes não consegue entrar no clima justamente na hora marcada? Nesses casos, Gisele destaca que “a agenda é só mais um meio de o outro se sentir livre para despertar desejos no parceiro, algo que nem todo mundo sabe fazer e que, por isso, não garante nada.”
Questionar a espontaneidade nas relações íntimas e a pressão social sobre a frequência do sexo entre casais é o foco da pesquisa de Mayumi Sato, diretora do Sexlog, plataforma voltada ao mercado adulto. “Para algumas pessoas, talvez seja mais interessante mesmo programar a transa, trazer certa previsibilidade quando se está dentro de uma rotina. É uma forma de olhar o sexo com mais maturidade, porque ainda há quem acredite na ilusão de que paixão dura para sempre, quando sabemos que o ser humano é incapaz de fazer perdurá-la por mais de dez anos”, observa. *com informações O Globo