Nilson Caxias de Souza, acusado do feminicídio de professora em Petrolina, é condenado a 14 anos e meio de prisão

O julgamento de Nilson Caxias de Souza, acusado de assassinar a professora Mery Vânia de Almeida, aconteceu na terça-feira (24), no Fórum de Petrolina. O réu, que está preso em Salvador-BA, participou da audiência por videoconferência e o resultado foi a sua condenação por 14 anos e meio de prisão.

 

“A sensação, realmente, é de que a justiça foi feita. São catorze anos e meio, não é uma pena tão longa, mas depois de tantos anos, mais de vinte anos aguardando esse julgamento, finalmente o julgamento aconteceu, nós conseguimos que o agravante fosse mantido, e nada traria minha mãe de volta, mas pelo menos a gente conseguiu um julgamento justo. Ele foi condenado, vai se manter preso e era o que a gente estava buscando: justiça. Então a sensação de agora é de paz e de que finalmente a justiça foi feita”, disse Jéssica Almeida Peixinho, filha da vítima.

 

A professora Mery Vânia foi assassinada em abril de 1998. Durante audiência de instrução, em junho de 2021, Nilson confessou o crime.A vítima foi morta a facadas, dentro de casa. Na época, com 7 anos, a filha Jéssica testemunhou a morte das mães.

 

Durante a manhã, as testemunhas foram ouvidas e à tarde houve debate e alegações das partes envolvidas. O julgamento terminou no início da noite. O acusado foi condenado, mas  a sentença cabe recurso e Nilson Caxias segue preso.

Após a condenação, Jéssica foi questionada se a sentença foi justa para ela e para familiares. “Claro que a gente queria mais tempo, mas catorze anos e meio dentro do nosso Código Penal, diante das circunstâncias que foram apresentadas, foi uma sentença justa, e o que a gente estava buscando era justiça. Então a gente não tem como ir além do que está na lei, o que a gente buscou aqui, hoje foi a lei e a gente está saindo com essa sensação de justiça e de dever cumprido. Tudo o que a família podia fazer a família fez, o promotor se empenhou muito no caso, a gente tem muito a agradecer a doutor Érico, e, finalmente a gente vai conseguir ter um pouco de paz sabendo que a justiça foi feita”, declarou.

 

Com informações: G1

Foto: Reprodução GRTV

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