Flavio Dino afirma que cerca de 200 pessoas foram presas, já a Polícia Civil alega 300 detenções por atos de vandalismo em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na noite do domingo (8) que cerca de 200 pessoas foram presas nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília. Já a Polícia Civil falou em 300, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em mais de 400.
Em entrevista coletiva, Dino disse ainda que foram 40 ônibus apreendidos. “Já identificamos todos os ônibus que vieram para Brasília e os financiadores dos ônibus. Vamos ter novos pedidos de prisão preventiva.”
O ministro afirmou que há quatro prioridades: restabelecimento da ordem pública, a prisão em flagrante, a apreensão de ônibus e identificar quem são os coautores – quem financiou o crime.
“Nós já levantamos os ônibus, de onde vieram, quem pagou, a lista de passageiros e vamos realizar as medidas cabíveis, as medidas judiciais para os que não estão em flagrante”, disse.
Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde do último domingo, invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.
A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.
Somente a Secretaria de Polícia do Senado Federal prendeu em flagrante 30 manifestantes que invadiram o plenário da Casa e o Salão Negro da Câmara dos Deputados.
Eles foram detidos sob suspeita de crimes de dano ao patrimônio e de invasão de prédios públicos, entre outros. Os presos foram levados inicialmente para a delegacia de Polícia do Senado, que fica no Congresso.
“Eu repito o que eu disse: esses acampamentos são incubadores de terroristas. Os fatos comprovaram que a frase era correta”, afirmou Dino.
O ministro disse que haverá reforço na segurança do Distrito Federal com as Forças Armadas e efetivo de outros estados, mas não detalhou quais seriam.
Com informações: Folha de SP
Foto: Antonio Cascio/Reuters e Gabriela Biló Folhapress