Novembro azul: saiba como prevenir o câncer de próstata, causador de 16 mil mortes em 2021
O Câncer de próstata é o mais incidente em homens (com exceção do câncer de pele não melanoma) e o segundo que mais mata, depois do câncer de pulmão em todo o país. De acordo com dados do Ministério da Saúde obtidos pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), no ano passado, foram registradas 16.055 mortes em decorrência do câncer de próstata, o que equivale a 44 mortes por dia.
São estimados 65.840 novos casos da doença em 2022, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O risco aumenta com o envelhecimento e conforme o histórico familiar, atingindo principalmente homens fumantes, negros e obesos.
Desta forma, o diagnóstico precoce a partir dos 50 anos é estratégia utilizada para encontrar o tumor em uma fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem-sucedido e reduzir o índice de mortes. Já aqueles pacientes que têm antecedentes familiares para câncer ou homens negros, a indicação é que façam a avaliação mais cedo, a partir dos 45 anos.
A avaliação de rotina realizada anualmente consiste na realização do toque retal e o exame de sangue para analisar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Em caso de alteração em um deles, é feita a biópsia da próstata para confirmar a doença. Posteriormente, outros exames podem ser solicitados.
No caso de pacientes terem sintomas urinários, ou seja, dificuldade para fazer xixi, retenção urinária, necessidade de fazer uma força adicional para urinar um jato mais fraco da urina, são sintomas e sinais que pode haver algum problema na próstata.
Em estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e é quando o paciente pode ser curado em mais de 90% dos casos. O porcentual diminui conforme a doença avança. “Na fase 1, entre 90% e 95%; na fase 2, acima de 70%; na fase 3, por volta de 40% a 50%; na fase 4 não é mais uma doença curável”, explica Fernando Maluf, oncologista do Instituto Vencer o Câncer.