Saiba a história de Menina Benigna, cearense que será beatificada hoje
Nesta segunda-feira (24), a menina Benigna Cardoso da Silva será beatificada pela Igreja Católica. Conhecida como Menina Benigna, a cearense, morta em 1941, se tornará a primeira mártir do estado a ser reconhecida pelo Vaticano. A beatificação de Benigna foi autorizada pelo Papa Francisco em 2019. Benigna se tornou símbolo de resistência após ter sofrido uma tentativa de estupro quando tinha apenas 13 anos. Ao resistir ao ataque, ela acabou sendo morta brutalmente com golpes de facão em Santana do Cariri, a 523 km de Fortaleza, em 24 de outubro de 1941.
A cearense ficou órfã de pai e mãe ainda criança e foi criada pelos irmãos. Segundo o relato, ela começou a ser assediada aos 12 anos por um jovem chamado Raimundo Raul Alves Ribeiro, mas ela sempre negou as investidas. “Após várias tentativas de aproximação, ele armou uma emboscada por volta das 16h de 24 de outubro de 1941 após chegar da escola e quando ia buscar água próxima de casa: ele a abordou sexualmente. Ela rejeitou por ver no ato uma ofensa a Deus e, em consequência, ele a golpeou várias vezes com facão, tirando a sua vida. Desde então, ela é invocada como mártir, heroína da castidade, mártir da pureza”, conta em relato ao Vaticano.
A beatificação é um processo feito pela Igreja Católica que autoriza que a pessoa tenha sua imagem venerada. Isso pode ser feito por meio de um milagre reconhecido ou o martírio, que é um sacrifício em nome de Deus, por isso ela se torna um mártir. O processo é diferente da canonização, que é quando a beata vira Santa. Para isso, são necessários a comprovação de pelo menos dois milagres. Atualmente, o Brasil tem pelo menos 37 santos e 54 beatos reconhecidos pelo Vaticano.