“PIQUENIQUE NO INFERNO”: Em livro dedicado à filha, Elize Matsunaga conta sua versão sobre o crime

Dez anos após matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga quer publicar o livro autobiográfico “Piquenique no Inferno”, que escreveu à mão na prisão, para pedir perdão à filha, que está impedida de ver desde 2012. Ela quer contar à garota que cometeu sozinha o crime contra o pai dela, Marcos Matsunaga, para se proteger das ofensas e agressões do marido. A guarda da filha está com os avós paternos, que proíbem o contato da criança com a mãe.

 

A autobiografia tem 178 páginas e alguns trechos da obra foram revelados pelo portal G1 em São Paulo nesta quinta (19). O livro tem detalhes sobre o momento do crime. Segundo conta, a filha do casal dormia no apartamento quando Marcos foi morto, mas Elize garante que ela não ouviu nada. “Atira, sua fraca! Atira! Sua vagabunda! Atira ou some daqui com sua família de bosta e deixa minha filha. Você nunca mais irá vê-la. Acha que algum juiz dará a guarda a uma puta?”, teria dito Marcos, pouco antes de ser morto, segundo Elize.

 

A expectativa dela é de que a menina, atualmente com 11 anos, possa ler a obra um dia, quando estiver adulta, e conhecer a versão da mãe para o que aconteceu. O crime foi cometido em 19 de maio de 2012 no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, e teve repercussão na imprensa por envolver uma bacharel de direito casada com um empresário herdeiro da indústrias de alimentos Yoki. Ele tinha 42 anos à época; ela, 30.

Compartilhar agora