ALERTA AOS PAIS: Teste do Olhinho pode identificar câncer raro como o que atinge filha de Tiago Leifert
No final de semana, Tiago e a esposa, Daiana Garbin, anunciaram que a filha, Lua, de apenas um ano, sofre de um tipo raro de câncer nos olhos, chamado de retinoblastoma. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, a doença atinge aproximadamente 6 mil crianças no mundo todos os anos. À CNN, o neurocirurgião Fernando Gomes disse a detecção precoce é extremamente importante, e o “teste do olhinho”, exame oftalmológico infantil que identifica doenças oculares, pode ser utilizado para a prevenção de casos graves do quadro.
O procedimento é indolor e consiste na incidência de um foco de luz no olho da criança, verificando o aparecimento ou não do reflexo natural da cor avermelhada. O exame deve ser feito três vezes ao ano até os três anos de idade e também pode servir para identificar a catarata, que pode levar à cegueira. No caso de Lua Leifert, o retinoblastoma é bilateral, ou seja, atinge os dois olhos da criança. Gomes destacou, porém, que a doença pode se manifestar de forma unilateral – em apenas um dos olhos – e de maneira trilateral, nos casos mais raros, quando além do problema na vista surge, em paralelo, um tumor neuroblástico na caixa craniana.
A atenção dos pais é primordial para a identificação de problemas de visão nas crianças. Tiago Leifert, por exemplo, afirmou ter começado a notar que havia algo de errado com a filha pelo comportamento dela, inclinando o rosto para conseguir enxergar locais específicos. Segundo Fernando Gomes, a ação ajuda a reforçar a importância da realização do teste do olhinho três vezes ao ano.
“Nada melhor do que o pai, a mãe, ou quem cuida da criança entender se houve um padrão diferente de visão ou não. Mas quando você percebe que o reflexo de uma foto está diferente, que a criança passa a não buscar com o olhar objetos que você oferece, ou então estrabismo e outras alterações, você precisa procurar o mais precocemente um oftalmologista”, disse o médico. Apesar de raro, o retinoblastoma possuí tratamento. A depender do grau da doença, a forma de terapia pode variar, sendo possível a realização de quimioterapia, crioterapia – o congelamento do tumor –, remoção à laser e, em casos mais extremos, a remoção do olho.
*com informações CNN