Em carta vazada, suposto assassino de Beatriz faz apelo: ‘Eu não matei a criança. Eu confessei na pressão’; veja

No começo da noite desta terça-feira (18), foi ao ar no programa Cidade Alerta, na TV Guararapes, uma carta supostamente escrita pelo acusado de ter assassinado  Beatriz, afirmando que não matou a criança e, além disso, confessou o crime por sofrer pressão.

 

“Eu não matei a criança. Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus. Eles querem a minha morte, preciso de ajuda. Estou com medo de morrer. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança, quero a proteção de minha mãe”, trecho da carta que foi escrita ontem (17) e assinada pelo próprio Marcelo.

 

O advogado Rafael Nunes, que segundo o programa assumiu oficialmente a defesa de Marcelo da Silva, disse ao vivo que a carta foi escrita a punho pelo próprio suspeito. Ele apresentou ainda a versão original da carta.

 

“A confissão do Marcelo da Silva é hilária. Exatamente desacompanhado de advogado, quatro delegados numa sala, me parece que o Ministério Público também, diversos agentes, numa hora dessas a gente confessa até o que não fez. Iremos pedir que ele seja reinquirido sim. Quando eu tive esse primeiro contato, ele só pediu uma coisa: ‘Doutor, me ajude que eu confessei na pressão. Eu não matei Beatriz. Eu sou inocente. Eu quero escrever isso’. E eu consegui fazer com que chegasse nas mãos dele uma folha de ofício, e ele escreveu a próprio punho. Isso aqui é a letra dele. Isso aqui veio da cabeçinha dele”, disse o advogado.

 

Questionado sobre a constatação do DNA na faca utilizada no crime, conforme disse a própria SDS, o advogado disse ser “extremamente questionável”. “Por quê só agora, depois dos genitores da vítima caminharem 700km e do governador concordar em federalizar, curiosamente cai de paraquedas um DNA milagroso em que se afirma descobrir o assassino de Beatriz? Precisamos ter acesso a essa perícia. Queremos sim colocar nas mãos de outros peritos, inclusive de peritos renomados”, acrescentou Rafael Nunes.

 

Sobre a motivação apontada pela SDS, e que teria sido revelada pelo próprio autor, o advogado refutou. “Estão querendo colocar na conta do meu cliente, o que ele não comeu, e o que ele não bebeu. Não estou aplaudindo a vida pregressa dele. Ele já errou muito, já é condenado da Justiça, tem que pagar pelo que ele faz. É muito fácil querer atribuir a culpa a um pedinte, a um andarilho. Não vamos aceitar isso”, disse.

Compartilhar agora