Especialista recomenda “aposentar” máscara de tecido; entenda por quê
As máscaras de tecido, que se popularizaram bastante nos primeiros meses da pandemia da covid-19, continuam sendo bastante utilizadas, afinal, uma das medidas mais recomendadas para evitar a transmissão da doença é o uso de máscaras. Mas José David Urbaez, presidente da Sociedade de Infectologia do DF, faz um alerta: as máscaras de pano não devem ser usadas em ambientes fechados e mal ventilados (como no transporte público, por exemplo), uma vez que o vírus é transmitido por aerossóis e o tecido não é suficiente para filtrar as pequenas partículas.
“Elas foram muito importantes no início da pandemia, uma vez que não tínhamos barreira para as secreções respiratórias, e fizeram a diferença para diminuir a transmissão. Naquele momento, entretanto, as pessoas viviam oportunidades de isolamento maiores, o que não acontece hoje. Em locais fechados e mal ventilados, as máscaras de pano perdem quase que completamente o efeito protetor”, diz o infectologista, que diz que as máscaras de pano podem ser importantes em ambientes abertos, mas precisam ser trocadas por outros modelos no dia a dia.
Urbaez explica que o convívio com as variantes – tanto a Gamma quanto a Delta são mais transmissíveis – e o retorno às atividades normais exige uma proteção mais eficiente, que não é oferecida pelas máscaras de tecido. Por isso, a melhor opção é apostar nas máscaras PFF2/N95, modelo com alta capacidade de filtragem e que pode ser reutilizado — estudos internacionais mostram que a máscara é capaz de evitar a transmissão em locais fechados e sem distanciamento. Os itens cirúrgicos também são interessantes, apesar de menos eficientes do que as PFF2/N95.
foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília
*com informações d0 Metrópoles